Nas últimas semanas, os bebês reborn voltaram ao centro das atenções nas redes sociais. Esses bonecos hiper-realistas, que imitam com perfeição um bebê humano, estão novamente gerando polêmica, dividindo opiniões entre quem vê como arte, terapia ou apenas um brinquedo — e quem considera estranho, perturbador ou até perigoso.
Mas afinal, o que são os bebês reborn? Por que eles geram tanta discussão? E qual o motivo da nova onda de polêmicas em 2025?
A seguir, explicamos tudo que você precisa saber sobre o tema com clareza, responsabilidade e empatia.
O que são os bebês reborn?
Os bebês reborn são bonecos feitos artesanalmente, com detalhes extremamente realistas: pele com veias, dobrinhas, cílios implantados à mão, olhos de vidro, cabelo natural e até cheiro de bebê.
O termo “reborn” vem do inglês e significa “renascido”. Isso porque o processo de criação envolve “trazer à vida” um boneco comum, transformando-o em algo muito próximo de um recém-nascido.
Existem modelos vendidos como brinquedos, mas também versões de alto valor artístico, custando de R$ 500 a mais de R$ 5.000, dependendo do nível de detalhe e da artista reborn responsável.
Por que tanta polêmica?
O debate sobre os bebês reborn não é novo, mas voltou à tona em 2025 após vídeos virais no TikTok e Instagram mostrarem adultos interagindo com os bonecos como se fossem bebês reais — incluindo dar mamadeira, trocar fraldas, usar carrinhos e até realizar ensaios fotográficos.
Essas cenas geraram milhares de comentários, com reações que vão da admiração à inquietação. Entre os principais pontos da polêmica, estão:
1. Terapia ou fuga da realidade?
Muitas pessoas usam os bebês reborn como forma de acolhimento emocional, especialmente em casos de perda gestacional, depressão ou solidão. Psicólogos afirmam que, em alguns contextos, os bonecos podem sim ter um efeito terapêutico.
No entanto, críticos alegam que, quando levados ao extremo, podem representar uma fuga perigosa da realidade, especialmente em adultos com quadros emocionais fragilizados.
2. Criança ou adulto?
Outro ponto polêmico é quando os reborns deixam de ser brinquedos infantis e passam a ser “filhos simbólicos” de adultos. Para alguns, isso soa estranho, mas para outros é apenas uma forma de expressão afetiva — ou uma forma saudável de lidar com traumas.
3. O mercado e o estímulo ao consumo
A indústria reborn movimenta milhões de reais por ano. Muitos enxergam com preocupação o alto consumo de produtos voltados para esses bonecos: roupas, berços, mamadeiras, móveis, bolsas… tudo como se fosse para um bebê de verdade.
Opinião pública dividida
As redes sociais mostraram como o público está dividido: alguns acham “incrível, fofo e artístico”; outros dizem “assustador, estranho e até doentio”. Em 2025, influenciadoras digitais que exibem rotinas com seus bebês reborn têm atraído tanto seguidores fiéis quanto críticas ferrenhas.
O caso mais recente que viralizou foi o de uma jovem que simulou um parto reborn ao vivo no TikTok, o que reacendeu o debate sobre limites entre realidade e fantasia.
O que dizem os especialistas?
Psicólogos e psiquiatras reforçam que o uso de bebês reborn não é um problema em si, mas precisa ser analisado com cautela caso a pessoa substitua completamente vínculos reais por vínculos simbólicos com bonecos.
Para o uso terapêutico, é fundamental que haja acompanhamento profissional e que a prática não esconda ou prolongue lutos, traumas ou questões psicológicas profundas.
Conclusão
Os bebês reborn são uma expressão artística, um mercado lucrativo e, para muitos, uma fonte de afeto ou alívio emocional. Mas como qualquer tendência, é importante observar os limites saudáveis, especialmente quando envolvem questões psicológicas mais delicadas.
A polêmica reacende uma pergunta importante: até que ponto o simbólico pode substituir o real?
A verdade é que, gostando ou não, os bebês reborn são mais do que bonecos — são reflexos das emoções, dores e desejos de uma sociedade que busca afeto de diferentes formas.
Seja para terapia, arte ou coleção, o importante é que o uso seja feito com consciência, responsabilidade e equilíbrio.
